Revista Psique Ciência & Vida - Borderline

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Matéria da revista Psique Ciência & Vida sobre o Transtorno De Personalidade Emocionalmente Instável.

Apoio Familiar

sábado, 23 de junho de 2012

Dra. Maria Sílvia Lopes Figueiredo (CRM 56947) é graduada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. Ela é Mestre em Saúde Mental, pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, e Supervisora no Serviço Ambulatorial de Clinica Psiquiátrica do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

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Dentre os Transtornos de Personalidade vale destacar o Transtorno de Personalidade Emocionalmete Instável, ou Borderline, tanto pelo número de pessoas acometidas como pelo grau de sofrimento que causa, para o próprio portador e para as pessoas que com ele convivem.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV), o transtorno se caracteriza por ” um padrão invasivo de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, auto-imagem e afetos e acentuada impulsividade, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco ( ou mais) dos seguintes critérios:

esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginário;
padrão de relacionamentops interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização;
perturbação da identidade:instabilidade acentuada e resistente da auto-imagem ou do sentimento do self;
impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex: gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente);
recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante;
instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex:episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade, geralmente durando algumas horas e apenas raramente mais de alguns dias);
sentimentos crônicos de vazio;
raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva (por ex:demonstrações frequentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes);
ideação paranóide transitória e relacionada ao estresse ou severos sintomas dissociativos.”
Lendo esses critérios, dá prá imaginar a confusão com que essas pessoas vivem seus relacionamentos: inicialmente se apaixonam, são capazes de qualquer coisa (qualquer coisa mesmo) para ficar com o ser amado, brigam, xingam, quebram coisas, agridem o outro ou a si mesmos caso se sintam abandonadas. Depois não querem ver o ex-ser amado nem pintado, pois “a fila já andou”. A falta de noção de si mesmo pode levar a indefinição sexual e profissional, com dificuldade de assumir papéis adultos e estabilizar a vida. O comportamento autodestrutivo, tanto nas tentativas de suicídio, como no consumo de drogas ou álcool, promiscuidade sexual, direção perigosa, comprar ou comer compulsivo levam a sucessivas perdas, inclusive da própria saúde física. Muitas pessoas apresentam patologias orgânicas decorrentes destes comportamentos e, em função desta instabilidade têm muita dificuldade em seguir o tratamento de forma adequada.

Estas descrições certamente lhe fizeram lembrar de personagens de jornais, revistas e TV, que você não conhece pessoalmente mas sabe de detalhes de suas agruras. Nossa sociedade “voyerista” consome vorazmente os escândalos que pessoas com esse Transtorno de Personalidade provocam. Mas se lembrou alguém que você conhece de perto e certamente o incomoda com seu “jeito estúpido de amar e exigir ser amada”, tenha compaixão. Além de causar sofrimento essas pessoas sofrem também.

O tratamento é complexo, pode demandar o trabalho de mais de um profissional, com várias  abordagens ( psicofarmacoterapia, psicoterapia, terapia ocupacional, terapia familiar, etc) mas é possível e pode trazer importante melhora na qualidade de vida das pessoas acometidas.


Referência: http://blogs.unimeds.com.br/mariasilvia/?p=50

Transtornos de Personalidade

quinta-feira, 21 de junho de 2012



Definição

Personalidade:
Traços emocionais e comportamentais que caracterizam o indivíduo sob condições normais.
Transtornos: variações dos traços, fugindo à normalidade, trazendo comprometimento social e ou sofrimento subjetivo.



Classificação (DSM-IV)

Três grupos pelo DSM-IV:

Grupo A:
Transtornos Paranóides, Esquizóides e Esquizotípicos.
“Indivíduos são esquisitos, excêntricos”.

Grupo B:
Transtornos Anti-Sociais, Borderline, Histríônico (exuberante, dramático, extrovertido, emotivo) e Narcisista.
“Indivíduos dramáticos, emotivos e erráticos”.

Grupo C:
Transtornos de Esquiva, Obsessivos-Compulsivos, Dependentes, Depressivos e Passivo-Agressivo.
“Indivíduos medrosos, ansiosos, temorosos”.





Paranóia


Paranóia (do grego antigo παράνοια, "loucura", composto de παρα-, "desordem" e do tema afim a νοÛς "mente") é uma psicose que se caracteriza pelo desenvolvimento de um delírio crônico (de grandeza, de perseguição, de zelo, etc.), lúcido e sistemático, dotado de uma lógica interna própria, não estando associado a alucinações.



Borderline


DSM.IV: característica essencial do Transtorno da Personalidade Borderline é um padrão comportamental de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na auto-imagem e nos afetos.
Impulsividade a qual começa no início da idade adulta e persiste indefinidamente.
Ataques de fúria inesperada: irmãos, namoradas, pais.
Vivem oscilando entre alegria e tristeza profunda, amor e ódio, temor do abandono.





Transtorno De Esquiva

Padrão de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliações negativas.
Permanente expectativa de ser ridicularizada, criticada, ou rejeitada. Tendência a viver sozinhas.
Crises de ansiedade.
Timidez: a pessoa ainda tenta enfrentar as situações que geram medo, mesmo que seja apenas para mostrar aos outros que ela é capaz de conseguir. O anseio de integrar-se é tão intenso que a ansiedade passa para um segundo plano.



Etiologia Dos Transtornos De Personalidade


  • Fatores Genéticos.

  • Gêmeos monozigóticos criados separadamente são tão semelhantes quanto aqueles criados juntos.
  • Familiares: Esquizofrenia associado ao grupo A. Depressão e grupo B.
  • Perfil infantil.
  • Crianças medrosas podem desenvolver transtorno de esquiva.
  • Doenças do SNC – Transtornos Borderline na vida adulta.
  • Fator Ambiental - Familiar




Fatores Biológicos


  • Hormônios: testosterona (impulsividade/agressividade).
  • Endorfina alta = passividade
  • Serotonina diminuída = suicidas, impulsivos, agressivos
  • Dopamina aumentada = euforia
  • EEG: alterado nos borderliners.



Técnicas Psíquicas


  • Mecanismos de Defesa:
Processos mentais inconscientes
Instinto (desejo ou necessidade)
Realidade
Consciência
Esquizóides (excêntricos, amedrontados, solitários): fantasias = mecanismo de defesa (criam uma vida imaginária – alienados à vida real)

  • Dissociação: substituem afetos desagradáveis por outros prazerosos (eliminam sua ansiedade por atos inconseqüentes, perigosos)
  • Isolamento: comportamento social formal, exageradamente controlado, são obstinados.
  • Projeção: possuem uma crítica excessiva ao outro.
  • Atuação: ataques de raiva, agressões imotivadas, abuso infantil e promiscuidade sem prazer.
  • Mudanças = Ansiedade e Depressão!




Transtorno de Personalidade Paranóide

Suspeitas constantes e desconfianças.
Atribuem as responsabilidades aos outros.
Hostis, Irritáveis.
Fanatismo e ciúme patológico.
Raramente buscam tratamento.


Clínica: interpretam as ações alheias como humilhantes ou ameaçadoras.
Questionam a lealdade dos amigos e cônjuges.
Ciumentos.
Podem parecer frios emocionalmente.

Diagnóstico Diferencial:
Esquizofrenia (delírios fixos presentes).
Transtorno Borderline (capacidade de relacionamentos envolventes).

Tratamento:
Psicoterapia (individualizada)
Farmacoterapia
Ansiolíticos: BNZ (Diazepam).
Antipsicótico: Haloperidol.




Transtorno de Personalidade Borderline

Caracterizam-se por afeto, humor, comportamento, relações objetais e auto-imagem instáveis.
Mulheres 3:1 Homem.


Evolução:
Alta incidência de episódios depressivos maiores.
Diagnóstico Diferencial:
Esquizofrenia (surtos prolongados e alteração do pensamento).

Tratamento:
Psicoterapia (mecanismo de clivagem: paciente ama ou detesta o terapeuta).

Farmacoterapia:
Antipsicóticos (controlam a raiva, hostilidade e episódios breves de psicose).
IMAO: modulam o comportamento impulsivo.
BNZ: Alprazolam (ansiolítico e antidepressivo).
Anticonvulsivantes: Carbamazepina (melhora global).
ISRS: Fluoxetina.




Transtorno De Personalidade Esquiva

Extrema sensibilidade à rejeição = vida social retraída.
Exibem grande desejo de companhia.
São tímidos e necessitam de garantias incomumente fortes de aceitação sem críticas.
Complexo de inferioridade.

Diagnóstico:
Ansiedade é notada na entrevista.
Vulneráveis aos comentários do médico.



Quadro Clínico:
Hipersensibilidade à rejeição.
Carência e timidez.
Falta de auto-confiança; são autodepreciativos.
Medo de falar em público.
Assumem empregos secundários.
Relutam em entrar em relacionamentos.



Tratamento:
Psicoterapia:
Solidificar a aliança com o paciente.
Aceitação aos temores do paciente.
Terapia em grupo pode ajudar.
Farmacoterapia:
Relacionada a ansiolíticos e antidepressivos.
Atenolol.

Co-morbidades

Transtorno de Personalidade + Doença Psiquiátrica = Auto-Mutilações + Suicídio.
Até 87,5% dos pacientes psiquiátricos possuem transtornos de personalidade.
50% depressivos;
Distúrbio do Estresse Pós-Traumático;
Síndrome do Pânico;
Pós-TCE;
Transtornos Alimentares;
Transtornos por Uso de Substâncias;

O Que Você Quer Ser Quando Crescer?

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Tratamento

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dr. Mauro Hegenberg - Transtorno Borderline

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Palestra ministrada pelo Dr. Mauro Hegenberg Médico, psicanalista. Doutor em Psicologia Clínica - USP. Professor do Curso de Psicoterapia Breve do Instituto Sedes Sapientiae. Autor dos livros: Borderline e Psicoterapia Breve